Associação Vianei de Cooperação e Intercâmbio no Trabalho, Educação, Cultura e Saúde (AVICITECS)
CONTRATO 002940-2022 AVICITECS
Lages (SC), 19 julho de 2022.
Produto elaborado no âmbito do Projeto Pró-Espécies.
O objeto do presente contrato consiste em contratação de serviços para atender o objetivo específico 6 que é fortalecer as cadeias produtivas sustentáveis que conservem e restaurem a vegetação nativa. Os produtos esperados deste projeto são parte integrante da ação 6.6 do Plano de Ação Territorial (PAT) Planalto Sul do Projeto Pró-Espécies: Estratégia Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas. Esta ação tem como objetivo promover o fortalecimento da cadeia do pinhão como referência para as demais cadeias produtivas, considerando a conservação pelo uso de Araucaria angustifolia, da floresta ombrófila mista (FOM) e dos campos de altitude.
O produto 4 do contrato 002940-2022 consiste na relatoria do seminário virtual de integração entre os projetos dos núcleos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul conduzidos no âmbito do objetivo 6 do Plano de Ação Territorial do Planalto Sul, em formato digital. O seminário ocorreu em ambiente virtual e contou com a participação da Cadeia Solidária das Frutas Nativas do Rio Grande do Sul.
O produto será disponibilizado em formato digital e compartilhado com a equipe técnica da WWF, as entidades, instituições públicas e pessoas que participarem do evento e a coordenação do Plano de Ação Territorial do Planalto Sul.
O produto 4 foi redigido pelo consultor Natal João Magnanti.
O seminário ocorreu de forma virtual considerando a realidade da pandemia decorrente do Coronavírus (Covid-19). A Associação Vianei está comprometida com as medidas de isolamento social como forma de prevenção e combate a pandemia e cumpriu recomendação contratual que orienta esse procedimento. Portanto, o evento ocorreu de forma virtual para evitar o contato direto dos participantes. A programação foi elaborada para conter o máximo de diversidade de atores sociais que interagem com as cadeias produtivas do pinhão e das frutas nativas no âmbito do território do Plano de Ação Territorial do Planalto Sul.
A organização do evento foi realizada pelo Centro Vianei de Educação Popular contando com a equipe técnica da entidade para realizar o processo de facilitação, transmissão e gravação do evento.
O seminário foi transmitido ao vivo pelo canal do You Tube do Centro Vianei.
Acompanharam o evento assinaram a lista de presença 40 pessoas de diversas instituições públicas e privadas. As 15 horas e três minutos ocorreu o pico de presenças no seminário. Naquele momento 161 pessoas estavam assistindo a transmissão e em média permaneceram cerca de 50 minutos no evento. O seminário teve a duração de 3 horas, 47 minutos e 13 segundos.
O evento foi gravado e pode ser acessado pelo link https://www.youtube.com/watch?v=uliaLKhwe_0&list=PLZx0c4reEVYVqPWsSm1lRFzrgsH7c7wqq&index=1
Em 19 de julho de 2022 o seminário contava com 11.104 visualizações e um tempo médio de 52 minutos por visualização atestando o alcance do evento.
O objetivo geral do seminário foi apresentar e discutir as oportunidades e dificuldades para o desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Pinhão na abrangência do Plano de Ação Territorial do Planalto Sul. O evento foi realizado em 24 de junho – sexta-feira, começando às 14h e terminando às 18h.
Programação do evento
Abertura e objetivo: Natal Magnanti (Centro Vianei – Lages/SC)
Apresentações:
Dificuldades levantadas pelos participantes do seminário na cadeia produtiva do pinhão
Demandas apresentadas pelos palestrantes e público do seminário
Oportunidades apresentadas pelos palestrantes e público do seminário
Perguntas no chat do evento
Alexandre fala do perfil dos extrativistas – 3 perfis, os agricultores que tem terra e coletam nas suas propriedades, os extrativistas que colhem nas propriedades de outros agricultores familiares e os extrativistas que não são proprietários e vendem a sua força de trabalho para agricultores familiares e patronais sendo moradores do rural ou da cidade.
Dificuldade/limitação de mão de obra para a colheita como grande risco/limitação para a cadeia produtiva do pinhão para o médio e longo prazo. Isso envolve o risco na extração por causa da falta de mão de obra qualificada e a relação custo benefício que dependendo do ano o valor do pinhão não vale a pena a extração porque concorre com outras atividades que podem proporcionar uma renda melhor. Uma certa sobreposição com a colheita da maçã.
Natal – A importância do extrativismo para os não proprietários que moram no rural e no urbano. E atualmente são a força de trabalho para realizar parte significativa da extração do pinhão em áreas privadas onde os proprietários ou não podem mais fazer. E volta a questão da obtenção da DAP extrativista para não proprietários.
Natal – Epagri vinculou na mídia televisiva durante a Festa Nacional do Pinhão a produção de 6.000 toneladas de pinhão na safra de 2022. R$ 4,00 kg (preço médio praticado pelos extrativistas) x 6.000.000 kg = R$ 24.000.000,00 de receita bruta somente com a comercialização do produto in natura.
Atualmente são 3 agroindústrias em São Joaquim com sistema de inspeção municipal (SIM).
É necessário um trabalho de base e conscientização para o trabalho de extração realizado pelos extrativistas.
Os agrotóxicos utilizados em lavouras de milho e soja realmente estão contaminando o pinhão e causam prejuízo na produção.
O preço depende da qualidade do produto e da parceria estabelecida durante os anos no fornecimento. O preço é estabelecido entre o produtor e a agroindústria e é balizado pelo preço que é praticado pelos atacadistas que atuam no município.
Em São José do Cerrito não existe uma iniciativa para essa questão do pinhão, No entanto extrativistas de pinhão de São José do Cerrito e outros municípios do território tem iniciativas de comercialização e processamento em conjunto ao longo do tempo.
A máquina foi desenvolvida por um mecânico de Pouso Redondo a partir de uma ideia do Sr, Valdori Garcia. O valor de aquisição foi de aproximadamente R$ 7.000,00 a 8.000,00.
As políticas são nacionais e cada superintendência nos estados opera na sua área de abrangência
A Conab não tem subsídio para transporte do pinhão, somente para a questão da comercialização. A Conab tem uma missão de aumentar a utilização da PGPM Bio e para isso é necessário a emissão da declaração de aptidão ao Pronaf (DAP) e os demais documentos necessários como a nota de produtor rural (NPR).
O parâmetro para estabelecer o preço mínimo depende dos custos de produção que são levantados todos os anos no segundo semestre. Os preços são atualizados todos os anos por meio de pesquisa de campo com metodologia própria da Conab. A promoção tem sido realizada por elaboração de cartilhas.
A PGPM Bio é um mecanismo mais usado em determinadas regiões e produtos extrativismo.
Natalia, temos uma experiência de sucesso junto ao SINTRAF/São Joaquim que anualmente vem divulgando a PGPM Bio junto aos extrativistas.
Centro Vianei. É preciso boa vontade, do poder público, das instituições de assistência, pois é viável e possível! Mas não pode ficar apenas nas mãos de ONGs e Sindicatos.
O manejo madeireiro é proibido por lei para espécies em risco de extinção, porém é necessário estudar e delimitar o uso madeireiro em áreas onde comprovadamente a espécie poderia ser utilizada com fins madeireiros.
Sobre a possibilidade do manejo – resposta do Leonardo no chat e RS mais adiantado em relação a manejo florestal. Em SC está sendo feito a caracterização do manejo da araucária com a possibilidade de conciliar o manejo para produção de pinhão com o manejo madeireiro da espécie. Sendo que a madeira vai ser um outro sub produto do sistema sendo que o foco é a produção de pinhão.
Leonardo Urruth. Tamires, no RS a Araucária plantada pode ser certificada e depois cortada tanto se for em monocultura, quanto em sistema agroflorestal.
Leonardo Urruth. Nos SAFs certificados as árvores nativas que regeneram naturalmente podem ser autorizadas, pelo menos uma parte das árvores.
Leonardo Urruth. Há também a possibilidade de manejo no SAFs, como por exemplo nos casos que o Prof. Siminski mencionou, da necessidade de manejar, cortando algumas árvores, para diminuir a densidade de indivíduos.
Tamires Deboni. Muito interessante Leonardo, vou pesquisar mais a respeito. Muito obrigada
Alvir. Estímulo aos consumidores no campo popular como eventos, festas, jantares, com pouco resultado na área comercial. Eventos para o setor da gastronomia se tornou mais efetivo. Rodada de negócios para o setor da gastronomia com comida e bebida. Também se lançou mão de folhetos, instagran, se fez e se continua fazendo. Mas é necessário saber qual é o público que se quer atingir? A estratégia é trabalhar com os donos dos restaurantes, hotéis e chefs de cozinha. Eles vão fazer o papel de divulgar para o usuário dos hotéis, restaurantes …Se for as lojas precisa sensibilizar os donos das lojas para o produto sair. E dar um suporte para as lojas trabalhar isso com os seus clientes. Apostar em mídias de grande alcance para os produtos da sociobiodiversidade, como por exemplo os produtos da cadeia das frutas nativas na RBS do RS. Necessário trabalhar a questão da linguagem nos meios de comunicação para que o público entenda as mensagens que se quer falar. Adequar a linguagem com o público que está sendo sensibilizado.
Luís Cláudio Bona. Ótimas colocações Alvir! Não há uma única via! Concordo contigo!
Marina Bustamante para atender a legislação sanitária, de produtores que buscam agregar valor ao pinhão?
Alvir. Questão da informalidade. Sabe-se que há muita informalidade no extrativismo como um todo. No entanto na cadeia das frutas nativas do RS isso está sendo revisado para que não ocorra informalidade. Inclusive ter as legalidades do ponto de vista da legislação ambiental para os extrativistas que colhem principalmente nas suas próprias propriedades através da Certificação Florestal via SEMA. Isso dá mais credibilidade para dialogar com os consumidores. Além disso, na cadeia há a regulamentação sanitária e a fiscal dos estabelecimentos para o processamento e comercialização. Não pode entrar os produtos nas agroindústrias sem a nota de compra do produto in natura porque depois a venda do produto processado não tem a origem. E os agricultores que coletam em áreas de terceiros tem que apresentar uma autorização de coleta, mesmo que seja no caderno ou em outro formato menos formal assinada pelo extrativista e pelo dono da propriedade. Para a cadeia produtiva do pinhão sair da informalidade é muito importante.
Leonardo – Trazer mais legalidade para o processo de extrativismo. A Sema tinha a expectativa de atender a demanda do coletor de pinhão com a Certificação Florestal Eles tem aproximadamente 200 propriedades com certificação e somente 30 para extrativismo e aproximadamente 20 são para extração de butiá. Muito incentivado pelos projetos como a rota dos butiazais. Para o pinhão não estão conseguindo atingir o público.
Pensar junto entre SC e RS um formato de certificação/legalização para esse público do extrativismo do pinhão já que o formato atual no RS não está funcionando bem. Pensar a cadeia produtiva é também pensar a profissionalização e a formalização dos processos. Como oferecer uma regularidade para a extração. Como incluir as pessoas nos processos de forma legal.
Valor aproximado de R$ 7.000,00 a 8.000,00, sendo que o valor é alto, mas a máquina se paga porque é possível descascar 120 a 160 kg de pinhão cozido em aproximadamente 2 horas. Desta forma diminui consideravelmente o tempo de trabalho e melhora diminui a penosidade do trabalho influenciando na saúde dos trabalhadores. A máquina agrega bastante na produção final do produto.
Alexandre – sobre enxertia de araucárias é uma tecnologia bem dominada pela Embrapa Florestas de Colombo- PR e pela Epagri de Canoinhas em SC. Duas vantagens – a primeira a diminuição do porte e a segunda a diminuição do tempo para começar a produzir o pinhão. Isso está ligado a novas estratégias de uso da araucária e inserir em sistemas agroflorestais e em áreas de recuperação áreas degradadas e APP pode ser interessante a estratégia da enxertia. Impacto da crise econômica sobre o consumo do pinhão por parte dos consumidores por ele não ser um alimento de primeira necessidade.
Tamires Deboni. Agradeço pelo esclarecimento Alexandre… foi bom ter esse comparativo de SC com o RS
Júlio César Stelmach. Obrigado pela resposta
Maria de Lourdes da Conab. Questão de ter programa de rádio sobre a PGPM Bio será levada a conhecimento da direção da Conab e para a diretoria de Marketing em Brasília. Concorda que é preciso divulgar mais a PGPM Bio
No link Política de garantia de preços mínimos PGPM-BIO https://www.conab.gov.br/precos-minimos/pgpm-bio
Para o Espírito Santo não tem PGPM para pinhão, somente para outros produtos pequi e mangaba
A questão de incluir o estado do Espírito Santo como produtor de pinhão na PGPM Bio depende de mapeamento das áreas de produção do estado
Centro Vianei. O livro com receitas doces e salgada pode ser acessado pelo site do Centro Vianei. http://vianei.tecnologia.ws/site/
Centro Vianeina aba Projetos, temos Projetos executados, onde clicando vocês podem acessar parte de nossos materiais.
Centro Vianei. Aqui no YouTube temos uma excelente Play list com uma série de documentários bastante didáticos sobre o pinhão.
Júlio César Stelmachm, @Tamires Deboni Se vc se refere ao livro da Embrapa é gratuito para download. https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/982272/o-pinhao-na-culinaria
Centro VianeiTamires segue o link para baixar http://vianei.hospedagemdesites.ws/ww…
Centro Vianei. Júlio, o livro referido, é uma publicação produzida pelo Centro Vianei, junto aos extrativistas.
Tamires Deboni. Muito obrigada.
Tiago Zilles Fedrizzi. portanto é um item básico, parâmetro fundamental no contexto de insegurança alimentar que paira atualmente.
Natal. Em 2022 entrou na alimentação escolar do estado de SC o pinhão processado. E tem a época de compra que é outra questão
Centro Vianei. Sim Thiago, temos dados sobre isso. De quantos quilos por ano, uma família de extrativistas costuma comer. E atualmente estamos trabalhando propostas para reavaliar e atualizar essas informações.
Maria de Lourdes Conab – Atualizar o custo de produção do pinhão que vai refletir no aumento do preço mínimo. A Conab vai a campo no segundo semestre e nesta ocasião vai ser coletada a informação sobre o custo de produção. O preço mínimo deve ser divulgado em outubro/novembro de cada ano que serve para o ano seguinte.
Maria de Lourdes Conab. Ofereceu capacitação para o entendimento do SICAN
Fabio SINTRAF São Joaquim coloca o sindicato a disposição para auxiliar na coleta de informações sobre custo de produção na região de atuação. Enfatiza a necessidade da capacitação sobre o SICAN. São 4 organizações em São Joaquim que estão processando pinhão com alvará sanitário, sendo o principal mercado a alimentação escolar do município. E em 2022 houve a interrupção da aquisição por parte da prefeitura porque ocorreu um problema de ordem sanitário em um lote de pinhão processado. IN 10 coloca como preferencial a inclusão de alimentos da sociobiodiversidade na alimentação escolar
Encaminhamentos
Avaliação
Leonardo – trabalho muito proveitoso, com outras fontes de informação como o diagnóstico, com a elaboração de um plano exequível.
Maria de Lourdes. Agradeceu o convite, a Conab vai estar à disposição para auxiliar e vamos manter o canal aberto de diálogo.
Natal – agradecimento a todos especialmente as apresentações muito qualificadas.
Carlinda Fischer Mattos. Parabéns aos organizadores do evento. Parabéns aos palestrantes. Aprendi muito, e pretendo rever as apresentações gravadas, para processar todas as informações recebidas. Show!
Valdirene Camatti Sartori, Abraços a todos. Parabéns a todos os envolvidos.
Tamires Deboni. Excelente evento! Muito obrigada!
Ulisses Pereira de Mello. Grande abraço! Excelente evento!
Marina Bustamante. Excelente e necessário evento! Parabéns aos organizadores e palestrantes. A apresentação de todos e todas foram muito esclarecedoras.
Marina Bustamante. Abraço pessoal! Foi ótimo ouvir vocês! Obrigada Natal, pelo convite e parabéns a todos e todas pelo trabalho!
Karine Louise dos Santos. Parabéns turma!!!!
Tiago Zilles Fedrizzi. Grato pelas exposições e parabéns pelo seminário!
Sandra Coelho. Ótima ideia da oficina
Diully Rafaeli. Parabéns pela iniciativa
Diully Rafaeli. Parabéns Miltinho… Excelente fala, mostrando a realidade do trabalhador e do seu dia a dia no comércio do pinhão
Silvio Porto. parabéns pela iniciativa
Ana Saupe. Parabéns pelo evento, muito interessante e rico de informações.
Luís Cláudio Bona. Pessoal! parabenizo a todos e todas que organizaram e participaram desse maravilhoso evento. Tenho outro compromisso agora e assistirei o final mais tarde, pela gravação. Abraços e muito obrigado!
Glaycon Coelho AmaranteParabéns! Excelente evento
Marielen Kaufmann. Parabéns pela organização do evento e pelas excelentes contribuições que se complementam e se qualificam
Tamires Deboni. Adorei ouvir sobre a experiência de vocês Patrícia! Parabéns!
Júlio César Stelmach. Parabéns aos organizadores do seminário, muito pertinente os assuntos abordados.
Ulisses Pereira de Mello. Acompanhando a atividade desde Erechim, UFFS. Parabéns pelo evento!
Alexandre Siminski. Também agradeço o debate, e o acolhimento dos agricultores/extrativistas de toda região
Centro Vianei. Agradecimento especial a Sandra, esposa do seu Miltinho, a Patrícia enteada do seu Valdori, a Nicolle sobrinha da Sandra e do seu Miltinho.
Centro Vianei. É a força das mulheres dando suporte a vida, a família e ao trabalho!